A morte absoluta


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A morte absoluta
La morte assoluta


Morrer.
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.

Morrer sem deixar o triste despojo da carne,
A exangue máscara de cera,
Cercada de flores,
Que apodrecerão - felizes! - num dia,
Banhada de lágrimas
Nascidas menos da saudade do que do espanto da morte.

Morrer sem deixar porventura uma alma errante...
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?

Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,
A lembrança de uma sombra
Em nenhum coração, em nenhum pensamento,
Em nenhuma epiderme.

Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: "Quem foi?..."

Morrer mais completamente ainda,
- Sem deixar sequer esse nome.

Morire.
Morire col corpo e con l’anima.
Completamente.

Morire senza lasciare la triste spoglia della carne.
L’esangue maschera di cera,
Circondata di fiori,
Che marciranno - felici! - in un giorno,
Bagnata di lacrime
Nate meno dal rimpianto che dal terrore della morte.

Morire senza lasciare per disgrazia un’anima errante...
Alla volta del cielo?
Ma che cielo può soddisfare il tuo sogno di cielo?

Morire senza lasciare un segno, un graffio, un’ombra,
Il ricordo di un’ombra
In nessun cuore, in nessun pensiero,
Su nessuna epidermide.

Morire così completamente
Che un giorno nel leggere il tuo nome su una carta
Si chiedano: “Chi fu?...”

Morire ancora più completamente,
- Senza lasciare neppure questo nome.

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Kengiro Azuma
Infinito MU (2016)
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