Pela manhã o gato...

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Pela manhã o gato...

Di mattina il gatto...

Pela manhã o gato estende-se vagaroso nesse impreciso lugar em que luz e sombra se entretecem. Nas pedras rondantes do que sempre chamámos a nossa casa, esse sonho de irmos por detrás das janelas encarcerados nas agrestes paredes do amor. Todas as manhãs, enquanto a escola me espera, o gato é tão certo como os passos que dele se desviam. Um mero olhar, a melancolia de depois te dizer já sem o mesmo encanto a sua negra quietude, o silêncio em que se move. Estamos todos, eu tu e o gato, neste estranho sossego de a morte ser um dia destes, entre luz e sombra.

Di mattina il gatto si distende flemmatico in questo luogo impreciso in cui luce ed ombra s’intrecciano. Entro il contorno di pietre che abbiamo sempre chiamato la nostra casa, questo sogno di starcene dietro le finestre incarcerati nelle agresti pareti dell’amore. Tutte le mattine, mentre la scuola m’aspetta, il gatto è cosa certa come i passi che si scansano da lui. Um mero sguardo, la malinconia di descriverti poi, già senza lo stesso incanto la sua nera calma, il silenzio in cui si muove. Stiamo tutti, io tu e il gatto, in questa strana quiete dove la morte sarà un giorno di questi, tra luce e ombra.

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Endre Penovàc
Gatto Nero (2014)

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