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Das impossíveis semelhanças
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Delle somiglianze impossibili
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É quando a morte se instala
à nossa volta entre os que mais amámos: os que nos foram vida, os nossos, os amigos – e de repente, também os que seguimos desde jovens e só reconhecemos por jornais, e tornaram o mundo um lugar mais ameno como o mundo poderia realmente ser Ouvi pela primeira vez 'Take this Waltz' na mesma altura em que escrevi um poema com cavalos de pedra e uma fotografia que tirei a seu lado, não de Leonard Cohen, mas de alguém por quem me apaixonei, e tão eficazmente como acontece a um míssil de precisão absoluta Ainda vive (e bem), mas é como se tivesse quase desaparecido, uma fotografia antiga levemente a esbater-se, desmanchando-se em cinza com a luz do sol, o que é muito parecido com morrer (Mas, por muito que eu tente imaginar que é semelhante, de facto não é a mesma coisa. Não, não é a mesma coisa) |
È quando la morte s’insedia
intorno a noi fra quelli che più amiamo: quelli che sono stati vita, i nostri, gli amici – e d’un tratto, anche quelli che seguiamo fin dalla gioventù e riconosciamo solo sui giornali, e hanno fatto del mondo un luogo più piacevole come il mondo potrebbe essere realmente Ho sentito per la prima volta 'Take this Waltz' nel momento stesso in cui ho scritto dei versi con cavalli di pietra e una fotografia che ho scattato al suo fianco, non di Leonard Cohen, ma di qualcuno di cui mi ero invaghita, e tanto intensamente come accade a un missile di assoluta precisione Lui vive ancora (e bene), ma è come se fosse quasi sparito, una vecchia fotografia lievemente scolorita, che s’è smarrita in cenere con la luce del sole, il che somiglia molto a morire (Ma, per quanto io mi sforzi d’immaginare che c’è somiglianza, sta di fatto che non è la stessa cosa. No, non è la stessa cosa) |
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Gerhard Richter Autoritratto (1996) |
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