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As janelas
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Le finestre
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Essas janelas de vidros
coloridos são remotas. Muito mais antigas, por exemplo, que a mulher suave que me fita de teus olhos. Vejo-as filtrar o sol e encantar o chão: magos ladrilhos azuis vermelhos verdes amarelos; pintar a mim mesmo até eu me fugir por entre as telhas e subir aos cintilantes unicórnios. Já não sei alcançar essas janelas. Apenas em sonho às vezes me abençoam e logo se evaporam e o que resta é a noite em meu peito, pulsando. Na casa quieta, à luz do pátio, elas me esperam, as janelas. Em vão, que já não posso ir, que aquele que sabia ir era outro, muito mais antigo, por exemplo, que o homem triste que te fita dos meus olhos. |
Quelle finestre di vetro
colorato sono vetuste. Molto più vecchie, per esempio, della donna gentile che mi scruta dai tuoi occhi. Le vedo filtrare il sole e stregare il suolo: magiche piastrelle azzurre rosse verdi gialle; colorano anche me finché io fuggo sopra i tetti e ascendo agli sfavillanti unicorni. Ormai non so più ritornare a quelle finestre. Soltanto in sogno talvolta m’allietano e subito si dissolvono e non resta che la notte nel mio petto, pulsante. Nella casa quieta, alla luce del patio, loro m’attendono, le finestre. Invano, giacché non posso andare, perché chi sapeva andare era un altro, molto più vecchio, per esempio, di quest’uomo triste che ti scruta dai miei occhi. |
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Raoul Dufy Finestra dai vetri colorati (1906) |
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