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Junto à água
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Vicino all’acqua
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Os homens temem as longas viagens,
os ladrões da estrada, as hospedarias,
e temem morrer em frios leitos
e ter sepultura em terra estranha.
Por isso os seus passos os levam
de regresso a casa, às veredas da infância,
ao velho portão em ruínas, à poeira
das primeiras, das únicas lágrimas.
Quantas vezes em
desolados quartos de hotel
esperei em vão que me batesses à porta,
voz de infância, que o teu silêncio me chamasse!
E perdi-vos para sempre entre prédios altos,
sonhos de beleza, e em ruas intermináveis,
e no meio das multidões dos aeroportos.
Agora só quero dormir um sono sem olhos
e sem escuridão, sob um telhado por fim.
À minha volta estilhaça-se
o meu rosto em infinitos espelhos
e desmoronam-se os meus retratos nas molduras.
Só quero um sítio onde pousar a cabeça.
Anoitece em todas as cidades do mundo,
acenderam-se as luzes de corredores sonâmbulos
onde o meu coração, falando, vagueia.
os ladrões da estrada, as hospedarias,
e temem morrer em frios leitos
e ter sepultura em terra estranha.
Por isso os seus passos os levam
de regresso a casa, às veredas da infância,
ao velho portão em ruínas, à poeira
das primeiras, das únicas lágrimas.
Quantas vezes em
desolados quartos de hotel
esperei em vão que me batesses à porta,
voz de infância, que o teu silêncio me chamasse!
E perdi-vos para sempre entre prédios altos,
sonhos de beleza, e em ruas intermináveis,
e no meio das multidões dos aeroportos.
Agora só quero dormir um sono sem olhos
e sem escuridão, sob um telhado por fim.
À minha volta estilhaça-se
o meu rosto em infinitos espelhos
e desmoronam-se os meus retratos nas molduras.
Só quero um sítio onde pousar a cabeça.
Anoitece em todas as cidades do mundo,
acenderam-se as luzes de corredores sonâmbulos
onde o meu coração, falando, vagueia.
Gli uomini temono i lunghi viaggi,
i predoni di strada, le locande,
e temono di morire in letti freddi
e d’essere sepolti in terra straniera.
Perciò i loro passi li riportano
indietro verso casa, ai luoghi dell’infanzia,
al vecchio portone in rovina, alla polvere
delle prime, delle uniche lacrime.
Quante volte in
desolate stanze d’hotel
invano ho atteso che bussassi alla mia porta,
voce d’infanzia, che il tuo silenzio mi chiamasse!
E vi ho perduto per sempre fra i grattacieli,
sogni di bellezza, e in strade interminabili,
e in mezzo alla folla degli aeroporti.
Ora non chiedo che di dormire un sonno senz’occhi
e senza oscurità, sotto un tetto infine.
Intorno a me si frantuma
il mio viso in infiniti specchi
e s’infrangono i miei ritratti nelle cornici.
Voglio soltanto un posto dove posare la testa.
Si fa notte in tutte le città del mondo,
si sono accese le luci di corridoi sonnambuli
dove il mio cuore, parlando, delira.
i predoni di strada, le locande,
e temono di morire in letti freddi
e d’essere sepolti in terra straniera.
Perciò i loro passi li riportano
indietro verso casa, ai luoghi dell’infanzia,
al vecchio portone in rovina, alla polvere
delle prime, delle uniche lacrime.
Quante volte in
desolate stanze d’hotel
invano ho atteso che bussassi alla mia porta,
voce d’infanzia, che il tuo silenzio mi chiamasse!
E vi ho perduto per sempre fra i grattacieli,
sogni di bellezza, e in strade interminabili,
e in mezzo alla folla degli aeroporti.
Ora non chiedo che di dormire un sonno senz’occhi
e senza oscurità, sotto un tetto infine.
Intorno a me si frantuma
il mio viso in infiniti specchi
e s’infrangono i miei ritratti nelle cornici.
Voglio soltanto un posto dove posare la testa.
Si fa notte in tutte le città del mondo,
si sono accese le luci di corridoi sonnambuli
dove il mio cuore, parlando, delira.
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Marcel Ceuppens L'uomo alla finestra (2014) |
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