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Breve canção do vento oeste
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Breve canzone del vento di ponente
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Ele há-de vir o vento oeste
ele há-de vir e há-de levar
as vãs palavras que escreveste.
Ele há-de vir com seu presságio
e os címbalos que já trazem o som do inverno
ele há-de vir o vento oeste e há-de apagar
o verão que parecia ser eterno.
Ele há-de vir com seu adágio
suas orquestras em convés que vão ao fundo
ele há-de vir e há-de apagar
a escrita a jura as ilusões do mundo.
Em cada verso há um naufrágio
não sei de poema que não seja mar.
ele há-de vir e há-de levar
as vãs palavras que escreveste.
Ele há-de vir com seu presságio
e os címbalos que já trazem o som do inverno
ele há-de vir o vento oeste e há-de apagar
o verão que parecia ser eterno.
Ele há-de vir com seu adágio
suas orquestras em convés que vão ao fundo
ele há-de vir e há-de apagar
a escrita a jura as ilusões do mundo.
Em cada verso há um naufrágio
não sei de poema que não seja mar.
Deve arrivare il vento di ponente
deve arrivare e con sé portare
le vane parole che m’hai scritto tu.
Deve arrivare con il suo presagio
e i cembali che già recano il suono dell’inverno
deve arrivare il vento di ponente per cancellare
l’estate che pareva mai dover finire.
Deve arrivare col suo adagio
le sue orchestre di coperta che vanno a fondo
deve arrivare e deve cancellare
le parole le promesse le illusioni del mondo.
In ogni verso c’è un naufragio
non conosco poesia che non sia mare.
deve arrivare e con sé portare
le vane parole che m’hai scritto tu.
Deve arrivare con il suo presagio
e i cembali che già recano il suono dell’inverno
deve arrivare il vento di ponente per cancellare
l’estate che pareva mai dover finire.
Deve arrivare col suo adagio
le sue orchestre di coperta che vanno a fondo
deve arrivare e deve cancellare
le parole le promesse le illusioni del mondo.
In ogni verso c’è un naufragio
non conosco poesia che non sia mare.
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Louis Anquetin Burrasca sul ponte di Saints-Pères (1889) |
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