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As palavras
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Le parole
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Palavras tantas vezes perseguidas
palavras tantas vezes violadas
que não sabem cantar ajoelhadas
que não se rendem mesmo se feridas.
Palavras tantas vezes proibida
se no entanto as únicas espadas
que ferem sempre mesmo se quebradas
vencedoras ainda que vencidas.
Palavras por quem eu já fui cativo
na língua de Camões vos querem escravas
palavras com que canto e onde estou vivo.
Mas se tudo nos levam isto nos resta:
estamos de pé dentro de vós palavras.
Nem outra glória há maior do que esta.
palavras tantas vezes violadas
que não sabem cantar ajoelhadas
que não se rendem mesmo se feridas.
Palavras tantas vezes proibida
se no entanto as únicas espadas
que ferem sempre mesmo se quebradas
vencedoras ainda que vencidas.
Palavras por quem eu já fui cativo
na língua de Camões vos querem escravas
palavras com que canto e onde estou vivo.
Mas se tudo nos levam isto nos resta:
estamos de pé dentro de vós palavras.
Nem outra glória há maior do que esta.
Parole tante volte perseguitate
parole tante volte violate
che non sanno cantare inginocchiate
che non s’arrendono, neppure se ferite.
Parole tante volte proibite
e ciò malgrado le uniche spade
che feriscono sempre, pur se spuntate
vincitrici, anche se sconfitte.
Parole per le quali io venni imprigionato
nella lingua di Camões vi voglion schiave
parole con cui canto ed in cui vivo.
Ma se tutto ci tolgono, questo ancora ci resta:
restar dentro di voi parole a testa alta.
E non c’è gloria maggiore di questa.
parole tante volte violate
che non sanno cantare inginocchiate
che non s’arrendono, neppure se ferite.
Parole tante volte proibite
e ciò malgrado le uniche spade
che feriscono sempre, pur se spuntate
vincitrici, anche se sconfitte.
Parole per le quali io venni imprigionato
nella lingua di Camões vi voglion schiave
parole con cui canto ed in cui vivo.
Ma se tutto ci tolgono, questo ancora ci resta:
restar dentro di voi parole a testa alta.
E non c’è gloria maggiore di questa.
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| Joan Miró Parole dipinte (1967) |
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