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Também o inferno evoluiu...
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Anche l’inferno s’è espanso...
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Também o inferno evoluiu,
Já não se mantém à distância
Por força de fé, devoção, exorcismo.
As religiões estão perplexas em uníssono,
Assombradas, porque o inferno se deslocou,
Se trasladou: já não está em baixo,
Ou apenas em baixo, mas também por cima,
Dos lados, talvez até já dentro. Aqui?
Alguns profetas dos factos consumados
Dizem que o inferno está
No coração dos homens.
Quem o diz lá sabe.
Para os oficiantes, mudou tudo,
A escuridão sobe nos templos e espalha-se,
Já mal se vislumbram os templos,
A menos que sejam apenas a pedra.
O inferno evoluiu, já é também uma substância,
Um gás, um ser vivo e mortífero,
Um degelo súbito que enraivece as águas.
Há quem ouça, dia e noite,
Os golpes do inferno, desferidos
Sem fúria, mas com a certeza,
Cada vez maior de vitória.
Qual vitória? Derrota de quem?
Há quem ouça e jamais tenha deixado de ouvir,
Os gritos dos condenados.
A maioria, como sempre não diz nada,
Limita-se a ouvir os golpes.
Talvez o inferno não esteja ainda
Dentro de portas, mas está, sem dúvida
Mais perto.
Já não se mantém à distância
Por força de fé, devoção, exorcismo.
As religiões estão perplexas em uníssono,
Assombradas, porque o inferno se deslocou,
Se trasladou: já não está em baixo,
Ou apenas em baixo, mas também por cima,
Dos lados, talvez até já dentro. Aqui?
Alguns profetas dos factos consumados
Dizem que o inferno está
No coração dos homens.
Quem o diz lá sabe.
Para os oficiantes, mudou tudo,
A escuridão sobe nos templos e espalha-se,
Já mal se vislumbram os templos,
A menos que sejam apenas a pedra.
O inferno evoluiu, já é também uma substância,
Um gás, um ser vivo e mortífero,
Um degelo súbito que enraivece as águas.
Há quem ouça, dia e noite,
Os golpes do inferno, desferidos
Sem fúria, mas com a certeza,
Cada vez maior de vitória.
Qual vitória? Derrota de quem?
Há quem ouça e jamais tenha deixado de ouvir,
Os gritos dos condenados.
A maioria, como sempre não diz nada,
Limita-se a ouvir os golpes.
Talvez o inferno não esteja ainda
Dentro de portas, mas está, sem dúvida
Mais perto.
Anche l’inferno s’è espanso,
Ormai non si mantiene più a distanza
Grazie alla fede, alla devozione, all’esorcismo.
Le religioni, all’unisono, sono perplesse,
Sbalordite, perché l’inferno s’è spostato,
S’è trasferito: ormai non sta più in basso,
O solamente in basso, ma anche in alto,
Ai lati, forse è già dentro. Qui?
Alcuni profeti di eventi prevedibili
Dicono che l’inferno sta
Nel cuore degli uomini.
Chi lo dice lo sa.
Per gli officianti, tutto è cambiato,
La tenebra sale nei templi e si diffonde,
A stento ormai s’intravedono i templi,
A meno che non ci sia che pietra.
L’inferno s’è espanso, s’è già fatto sostanza,
Un gas, un essere vivo e mortifero,
Un repentino disgelo che fa infuriare le acque.
C’è chi sente, giorno e notte,
I colpi dell’inferno, sferrati
Senza furia, ma con la certezza,
Sempre più salda della vittoria.
Quale vittoria? Disfatta di chi?
C’è chi sente, e mai aveva cessato di sentire,
Le grida dei condannati.
La maggioranza, come sempre non dice nulla,
Si limita a sentire i colpi.
L’inferno forse non ha ancora
Oltrepassato le porte, ma, senz’altro, s’è fatto
Più vicino.
Ormai non si mantiene più a distanza
Grazie alla fede, alla devozione, all’esorcismo.
Le religioni, all’unisono, sono perplesse,
Sbalordite, perché l’inferno s’è spostato,
S’è trasferito: ormai non sta più in basso,
O solamente in basso, ma anche in alto,
Ai lati, forse è già dentro. Qui?
Alcuni profeti di eventi prevedibili
Dicono che l’inferno sta
Nel cuore degli uomini.
Chi lo dice lo sa.
Per gli officianti, tutto è cambiato,
La tenebra sale nei templi e si diffonde,
A stento ormai s’intravedono i templi,
A meno che non ci sia che pietra.
L’inferno s’è espanso, s’è già fatto sostanza,
Un gas, un essere vivo e mortifero,
Un repentino disgelo che fa infuriare le acque.
C’è chi sente, giorno e notte,
I colpi dell’inferno, sferrati
Senza furia, ma con la certezza,
Sempre più salda della vittoria.
Quale vittoria? Disfatta di chi?
C’è chi sente, e mai aveva cessato di sentire,
Le grida dei condannati.
La maggioranza, come sempre non dice nulla,
Si limita a sentire i colpi.
L’inferno forse non ha ancora
Oltrepassato le porte, ma, senz’altro, s’è fatto
Più vicino.
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Henrique Oliveira Baitogogo (2009) |
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