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Foram anos muito tristes...
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Son stati anni molto tristi...
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Foram anos muito tristes,
Anos em que ganhei dinheiro
E não servia para nada,
Para gáudio dos moralistas.
Anos em que almocei e jantei sozinho,
Em que recusei todos os convites
Enquanto esperava por ti.
Já te havia perdido, mas não o admitias,
E, mesmo sabendo-o, estava-te grato,
Grato até pela agonia.
Foram anos em que provei
Todos os presumíveis sabores da merda,
Sem nada poder dizer:
A tristeza é um dever que não se partilha.
Anos em que ganhei dinheiro
E não servia para nada,
Para gáudio dos moralistas.
Anos em que almocei e jantei sozinho,
Em que recusei todos os convites
Enquanto esperava por ti.
Já te havia perdido, mas não o admitias,
E, mesmo sabendo-o, estava-te grato,
Grato até pela agonia.
Foram anos em que provei
Todos os presumíveis sabores da merda,
Sem nada poder dizer:
A tristeza é um dever que não se partilha.
Son stati anni molto tristi,
Anni in cui ho guadagnato parecchio
E non m’è servito a niente,
Per la gioia dei moralisti.
Anni in cui ho pranzato e cenato da solo,
In cui ho rifiutato tutti gli inviti
Mentre aspettavo te.
T’avevo già perduta, ma non l’ammettevo,
E, pur sapendolo, te n’ero grato,
Grato perfino per l’angoscia.
Son stati anni in cui ho conosciuto
Tutti gli immaginabili sapori della merda,
Senza poter dire nulla:
La tristezza è un dovere che non si condivide.
Anni in cui ho guadagnato parecchio
E non m’è servito a niente,
Per la gioia dei moralisti.
Anni in cui ho pranzato e cenato da solo,
In cui ho rifiutato tutti gli inviti
Mentre aspettavo te.
T’avevo già perduta, ma non l’ammettevo,
E, pur sapendolo, te n’ero grato,
Grato perfino per l’angoscia.
Son stati anni in cui ho conosciuto
Tutti gli immaginabili sapori della merda,
Senza poter dire nulla:
La tristezza è un dovere che non si condivide.
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Gianfranco Ferroni Ciotola nera (1991) |
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