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Amigos perdidos
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Amici perduti
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Os amigos levados pela vida
são os mais difíceis de aplacar, os mais tiranos. Bárbaros de um país desconhecido, bebem à taça os venenos do silêncio e crescem desmedidamente na distância, desentendidos da nossa solidão. E pensar que já fomos irmãos de armas, que desenterrámos tesouros nas mesmas ilhas, nos livros mais inóspitos. Como são as coisas. Terá sido tudo em vão? Dir-se-ia que estávamos predestinados às mesmas canções, a uma espécie mais certa de amor. Pois sim. Nem sequer compreendemos o que nos aconteceu. |
Gli amici che la vita ci ha sottratto
sono i più difficili da placare, i più tiranni. Barbari di un paese sconosciuto, sorseggiano i veleni del silenzio e crescono a dismisura con la distanza, all’oscuro della nostra solitudine. E pensare che siamo stati compagni d’armi, che abbiamo dissepolto tesori sulle stesse isole, sui libri più inospitali. Come vanno le cose. Sarà stato tutto invano? Sembrava che fossimo predestinati alle stesse canzoni, a un tipo d’amore più durevole. Macché. Non siamo mai riusciti a capire che cosa ci è successo. |
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Guido Peyron Gli amici nell'atelier (1928) |
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