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Espaços em branco
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Spazi in bianco
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Ao fim da noite, no frio do táxi, pousas
a cabeça no meu ombro - e assim entramos duma vez e inteiramente na nossa vida. Lá fora, pelo contrário, tudo perde realidade; há em toda a parte um sossego abstracto, as ruas parecem pintadas - betão entre as árvores - numa tela baça. Vamos por lugares que não reconheço, a minha geografia é vaga e omissa como a dos velhos cartógrafos que desenhavam um mundo cheio de espaços em branco. É onde estamos agora, num intervalo do mapa rente à primeira manhã - que será a nossa e também a última. |
Sul finir della notte, nel freddo d'un taxi, appoggi
la testa sulla mia spalla – ed entriamo così, d’un tratto e per intero, nella nostra vita. Là fuori, invece, tutto va perdendo concretezza; ovunque regna un’astratta quiete, le strade sembrano dipinte – cemento tra gli alberi – sopra una tela ruvida. Andiamo in luoghi che non riconosco, la mia geografia è vaga, lacunosa, come quella dei vecchi cartografi che disegnavano un mondo pieno di spazi in bianco. Noi ora siamo là, dentro un intervallo della carta prossimi al primo mattino – che sarà il nostro, ma sarà anche l’ultimo. |
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Tabula Peutingeriana Segmentum 1 (XII-XIII sec.) |
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