Nome:
Collezione: Altra traduzione: |
________________
|
As palavras interditas
|
Le parole proibite
|
Os navios existem, e existe o teu rosto
encostado ao rosto dos navios.
Sem nenhum destino flutuam nas cidades,
partem no vento, regressam nos rios.
Na areia branca, onde o tempo começa,
uma criança passa de costas para o mar.
Anoitece. Não há dúvida, anoitece.
É preciso partir, é preciso ficar.
Os hospitais cobrem-se de cinza.
Ondas de sombra quebram nas esquinas.
Amo-te... E entram pela janela
as primeiras luzes das colinas.
As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas suas curvas claras.
Dói-me esta água, este ar que se respira,
dói-me esta solidão de pedra escura,
estas mãos nocturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.
E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens nuas, desoladas,
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.
encostado ao rosto dos navios.
Sem nenhum destino flutuam nas cidades,
partem no vento, regressam nos rios.
Na areia branca, onde o tempo começa,
uma criança passa de costas para o mar.
Anoitece. Não há dúvida, anoitece.
É preciso partir, é preciso ficar.
Os hospitais cobrem-se de cinza.
Ondas de sombra quebram nas esquinas.
Amo-te... E entram pela janela
as primeiras luzes das colinas.
As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas suas curvas claras.
Dói-me esta água, este ar que se respira,
dói-me esta solidão de pedra escura,
estas mãos nocturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.
E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens nuas, desoladas,
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.
Esistono le navi, ed esiste il tuo viso
Accostato alla prua delle navi.
Senz’alcuna meta fluttuano sulle città,
partono nel vento, ritornano nei fiumi.
Sulla sabbia bianca, dove il tempo comincia,
un bimbo passa dando le spalle al mare.
Si fa notte – Non v’è dubbio, si fa notte.
Bisogna partire, bisogna restare.
Gli ospedali si coprono di cenere.
Onde d’ombra si frangono ai cantoni.
Ti amo… E dalla finestra entrano
le prime luci delle colline.
Le parole che t’invio sono proibite,
amor mio, persino dove il grano lascia aloni;
se qualcuna tornasse, non riconoscerebbe più,
in quelle sue curve chiare, il tuo nome.
M’addolora quest’acqua, quest’aria che si respira,
m’addolora questa solitudine di pietra scura,
queste mani notturne ove stringo
I miei giorni spaccati a metà.
E la notte cresce appassionatamente.
Alle sue estremità vive, desolate,
ogni uomo non ha altro da offrire
che un orizzonte di città bombardate.
Accostato alla prua delle navi.
Senz’alcuna meta fluttuano sulle città,
partono nel vento, ritornano nei fiumi.
Sulla sabbia bianca, dove il tempo comincia,
un bimbo passa dando le spalle al mare.
Si fa notte – Non v’è dubbio, si fa notte.
Bisogna partire, bisogna restare.
Gli ospedali si coprono di cenere.
Onde d’ombra si frangono ai cantoni.
Ti amo… E dalla finestra entrano
le prime luci delle colline.
Le parole che t’invio sono proibite,
amor mio, persino dove il grano lascia aloni;
se qualcuna tornasse, non riconoscerebbe più,
in quelle sue curve chiare, il tuo nome.
M’addolora quest’acqua, quest’aria che si respira,
m’addolora questa solitudine di pietra scura,
queste mani notturne ove stringo
I miei giorni spaccati a metà.
E la notte cresce appassionatamente.
Alle sue estremità vive, desolate,
ogni uomo non ha altro da offrire
che un orizzonte di città bombardate.
________________
|
![]() |
Tullio Crali Bombardamento aereo (1932) |
Nessun commento:
Posta un commento