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Manhã
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Mattino
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Tirai-me a memória... que eu viva
num mundo mais novo a cada passo...
que eu seja para mim a descoberta!
quero-me vencido em todo o meu passado,
liberto dos destroços infindáveis
dos eus que vou deixando esmigalhados
nos caminhos escuros donde venho...
Tirai-me a consciência... que eu não saiba
o que houve, o que foi, as outras vidas...
que a vida seja apenas minha obra!
num mundo mais novo a cada passo...
que eu seja para mim a descoberta!
quero-me vencido em todo o meu passado,
liberto dos destroços infindáveis
dos eus que vou deixando esmigalhados
nos caminhos escuros donde venho...
Tirai-me a consciência... que eu não saiba
o que houve, o que foi, as outras vidas...
que a vida seja apenas minha obra!
Strappatemi la memoria... che io viva
in un mondo sempre nuovo ad ogni passo...
che io sia per me la scoperta!
mi voglio surclassato in tutto il mio passato,
liberato dalle infinite macerie
degli ego di cui sto seminando le briciole
lungo gli oscuri cammini da cui provengo...
Strappatemi la coscienza... che io non sappia
ciò ch’è stato, ciò ch’è finito, le altre vite...
che la vita sia appena opera mia!
in un mondo sempre nuovo ad ogni passo...
che io sia per me la scoperta!
mi voglio surclassato in tutto il mio passato,
liberato dalle infinite macerie
degli ego di cui sto seminando le briciole
lungo gli oscuri cammini da cui provengo...
Strappatemi la coscienza... che io non sappia
ciò ch’è stato, ciò ch’è finito, le altre vite...
che la vita sia appena opera mia!
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Alberto Burri Lo strappo (1952) |
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