Nasjonalgalleriet


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Acerca da solidão não se enganaram
os velhos Mestres (quão bem entenderam a
condição humana) como está presente
enquanto outros festejam ou se abraçam ou
 simplesmente
conversam
entre si. Como (ante
a solidão) deve sempre haver alguém
que não queria especialmente que acontecesse.
Nunca esqueceram que a mais terrível solidão
tem uma geografia (um quarto abandonado
onde conversa sozinha ou isolada de tantos
no imo da multidão).
No Grito de Munch por exemplo:
a ponte é obliqua como o medo. Os dois
amigos até podem não ter escutado o grito
mas tal não é determinante –
o céu em tumulto assistiu à angústia
da boca aberta (as
mãos cerrando os ouvidos ao grito essencial) e
sobre o fiorde azul deu-se algo de extraordinário:
o grito chegou a acender-se mas
não se desfez em som.
Non si sono sbagliati gli antichi Maestri
sul tema della solitudine (loro sì avevano compreso bene la
condizione umana) su quant’è presente
mentre gli altri fanno festa o si abbracciano o
 semplicemente
conversano
tra di loro. Come (in presenza
della solitudine) dev’esserci sempre qualcuno
che non vorrebbe assolutamente che così fosse.
Mai han dimenticato che la più atroce solitudine
possiede una geografia (una stanza abbandonata
dove c'è chi parla da solo o appartato da tanti
nel cuore della folla).
Nel Grido di Munch, ad esempio:
il ponte è storto come la paura. I due
amici possono anche non aver ascoltato il grido
ma questo è ininfluente –
il cielo in subbuglio ha assistito all’angoscia
della bocca aperta (le
mani tappano le orecchie al grido primordiale) e
sul fiordo blu è successo qualcosa d’incredibile:
il grido è stato in grado d’accendersi ma
non si è sciolto in suono.
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Edvard Munch
L’urlo (1893)
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