Nasjonalgalleriet


Nome:
 
Collezione:
 
Altra traduzione:
João Luís Barreto Guimarães »»
 
Você está aqui (2013) »»
 
Francese »»
«« precedente /  Sommario / successivo »»
________________


Nasjonalgalleriet
Nasjonalgalleriet


Acerca da solidão não se enganaram
os velhos Mestres (quão bem entenderam a
condição humana) como está presente
enquanto outros festejam ou se abraçam ou
 simplesmente
conversam
entre si. Como (ante
a solidão) deve sempre haver alguém
que não queria especialmente que acontecesse.
Nunca esqueceram que a mais terrível solidão
tem uma geografia (um quarto abandonado
onde conversa sozinha ou isolada de tantos
no imo da multidão).
No Grito de Munch por exemplo:
a ponte é obliqua como o medo. Os dois
amigos até podem não ter escutado o grito
mas tal não é determinante –
o céu em tumulto assistiu à angústia
da boca aberta (as
mãos cerrando os ouvidos ao grito essencial) e
sobre o fiorde azul deu-se algo de extraordinário:
o grito chegou a acender-se mas
não se desfez em som.
Non si sono sbagliati gli antichi Maestri
sul tema della solitudine (loro sì avevano compreso bene la
condizione umana) su quant’è presente
mentre gli altri fanno festa o si abbracciano o
 semplicemente
conversano
tra di loro. Come (in presenza
della solitudine) dev’esserci sempre qualcuno
che non vorrebbe assolutamente che così fosse.
Mai han dimenticato che la più atroce solitudine
possiede una geografia (una stanza abbandonata
dove c'è chi parla da solo o appartato da tanti
nel cuore della folla).
Nel Grido di Munch, ad esempio:
il ponte è storto come la paura. I due
amici possono anche non aver ascoltato il grido
ma questo è ininfluente –
il cielo in subbuglio ha assistito all’angoscia
della bocca aperta (le
mani tappano le orecchie al grido primordiale) e
sul fiordo blu è successo qualcosa d’incredibile:
il grido è stato in grado d’accendersi ma
non si è sciolto in suono.
________________

Edvard Munch
L’urlo (1893)
...

Nessun commento:

Posta un commento

Nuvola degli autori (e alcune opere)

A. M. Pires Cabral (44) Adolfo Casais Monteiro (36) Adriane Garcia (40) Adão Ventura (41) Adélia Prado (40) Affonso Romano de Sant’Anna (41) Al Berto (38) Albano Martins (41) Alberto Pimenta (40) Alexandre O'Neill (29) Ana Cristina Cesar (39) Ana Elisa Ribeiro (40) Ana Hatherly (43) Ana Luísa Amaral (40) Ana Martins Marques (48) Antonio Brasileiro (41) António Gedeão (37) António Ramos Rosa (39) Antônio Cícero (40) Augusto dos Anjos (50) Caio Fernando Abreu (40) Carlos Drummond de Andrade (43) Carlos Machado (113) Casimiro de Brito (40) Cassiano Ricardo (40) Cecília Meireles (37) Conceição Evaristo (33) Daniel Faria (40) Dante Milano (33) David Mourão-Ferreira (40) Donizete Galvão (41) Eugénio de Andrade (34) Ferreira Gullar (40) Fiama Hasse Pais Brandão (38) Francisco Carvalho (40) Galeria (30) Gastão Cruz (40) Gilberto Nable (48) Hilda Hilst (41) Iacyr Anderson Freitas (41) Inês Lourenço (40) Jorge Sousa Braga (40) Jorge de Sena (40) José Eduardo Degrazia (40) José Gomes Ferreira (41) José Régio (31) José Saramago (40) João Cabral de Melo Neto (44) João Guimarães Rosa (33) João Luís Barreto Guimarães (40) Luis Filipe Castro Mendes (40) Lêdo Ivo (33) Manoel de Barros (36) Manuel Alegre (41) Manuel António Pina (33) Manuel Bandeira (40) Manuel de Freitas (41) Marina Colasanti (38) Mario Quintana (38) Miguel Torga (31) Murilo Mendes (32) Mário Cesariny (34) Narlan Matos (85) Nuno Júdice (32) Nuno Rocha Morais (483) Pedro Mexia (40) Poemas Sociais (30) Poemas dos dias (28) Pássaro de vidro (52) Reinaldo Ferreira (40) Ronaldo Costa Fernandes (42) Rui Knopfli (43) Rui Pires Cabral (44) Ruy Belo (28) Ruy Espinheira Filho (43) Ruy Proença (41) Sophia de Mello Breyner Andresen (32) Tesoura cega (35) Thiago de Mello (38) Ultimos Poemas (103) Vasco Graça Moura (40) Vinícius de Moraes (34)