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capricho árabe
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capriccio arabo
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minhas mãos envelhecem em segredo
como o puro aço num punhal incandescente são serafins distantes contemplando reinos desconhecidos e a misteriosa rosa que floresceu sobre a escarpa inacessível minhas mãos navegam velhas galeras em oceanos de mitos e símbolos mortos desbravando o invisível como o sol a sombra como a brisa encontra e adentra o arquipélago distante minhas mãos colhem frutos e flores nos jardins celestiais e nas formosas estâncias onde a ventura é uma vinha arrodeada de ramas minhas mãos repousadas sobre a noite como um viajeiro cansado recostado num alambrado numa estrada deserta solitárias no pátio da casa paterna guardadas por melancólicos lírios brancos e pela lua mítica recobrindo o jardim com seu lençol de relicários minhas mãos conhecem deusas e obeliscos antigos e apartam as estações para que não se percam de si e desenterram aldeias e civilizações perdidas há muito para que eu seja outro e muito além de mim mesmo. |
le mie mani invecchiano in segreto
come il puro acciaio d’un pugnale incandescente sono serafini distanti in contemplazione di regni sconosciuti e della misteriosa rosa che sbocciò sopra il dirupo inaccessibile le mie mani governano vecchie galere su oceani di miti e simboli morti sottomettendo l’invisibile come il sole l’ombra come la brezza incontra e penetra l’arcipelago distante le mie mani colgono frutti e fiori nei giardini celestiali e nelle leggiadre dimore ove la fortuna è una vigna cinta di fogliame le mie mani riposano sopra la notte come un viaggiatore stanco accostato ad un recinto lungo una strada deserta solitarie nel patio della casa paterna vegliate da malinconici gigli bianchi e dalla mitica luna che copre il giardino col suo lenzuolo di reliquiari le mie mani conoscono divinità e obelischi antichi e separano le stagioni affinché non si perdano da sé stesse e riesumano villaggi e civiltà da tempo perdute affinché io sia altro e molto al di là di me stesso. |
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Michael Walsh Gigli bianchi (1990) |
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