Falsa partida


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Falsa partida
Falsa partenza


Ainda estranho o lugar quando acordamos
no revés de já ser outro
o dia
porque espelhas o tempo à janela é
à face de teu rosto que decido
o que vestir.
O vento que molda a praia
é de todas as bandeiras:
há um silêncio talhado à substância do quarto
(o chão de madeira matiza o
frio que força uma fresta)
podia apostar comigo: hoje
de madrugada
um cão ladrou na voz do galo.
O meu sobrenome segue-te
pela véspera da casa
(fim de emissão no ecrã
cálices
meio hasteados) a
chuva desistiu de apagar o nosso amor embaciado
pelo lado negativo.
Tornas à cama e abres
aquele romance de sempre
(o descanso existe
noutro cansaço).
Pare ben strano il posto quando ci svegliamo
all’opposto d’essere già un altro
il giorno
perché tu rispecchi il tempo alla finestra ed è
fissando il tuo volto che io decido
come vestirmi.
Il vento che modella la spiaggia
è per tutte le bandiere:
vi è un silenzio plasmato con la sostanza della camera
(il pavimento di legno sfuma il
freddo che s’insinua da una fessura)
potrei scommettere con me: stamane
all’alba
un cane ha latrato nella voce del gallo.
Il mio cognome ti segue
nella serata dentro casa
(fine delle trasmissioni sullo schermo
calici
a mezz’asta) la
pioggia ha smesso di cancellare il nostro amore appannato
dal lato negativo.
Torni a letto e apri
quel romanzo di sempre
(il riposo esiste
in un’altra stanchezza).
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Giovanni Boldini
Donna che legge a letto (1914)
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