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O verso do verso: Os versos nos versos
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Il verso del verso: I versi nei versi
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Que terei eu lido de quanto li?
Que sei eu dos complexos mecanismos da chuva
Ferventes na terra fértil ou até estéril?
Sei apenas que escrevo por rumos
Que me chegam de longe, muito longe,
De milénios de memória insciente.
Sei apenas que escrevo como quem desenterra
Alguns instantes de corpos metamorfoseados,
Como quem ouve um silêncio conhecido
E povoado de outros silêncios
Possuidores da ciência de um discurso
Erguido no sussurro do próprio silêncio.
Mas, quem leio quando me leio?
Quem se reflecte naquilo que escrevo?
O meu verso nasce de uma encruzilhada,
Nasce de um passado e de um presente
Carregados pelo meu nome.
Sei que a minha boca é um pêndulo
E que as pegadas nas palavras
Só aparentemente não existem.
Que sei eu dos complexos mecanismos da chuva
Ferventes na terra fértil ou até estéril?
Sei apenas que escrevo por rumos
Que me chegam de longe, muito longe,
De milénios de memória insciente.
Sei apenas que escrevo como quem desenterra
Alguns instantes de corpos metamorfoseados,
Como quem ouve um silêncio conhecido
E povoado de outros silêncios
Possuidores da ciência de um discurso
Erguido no sussurro do próprio silêncio.
Mas, quem leio quando me leio?
Quem se reflecte naquilo que escrevo?
O meu verso nasce de uma encruzilhada,
Nasce de um passado e de um presente
Carregados pelo meu nome.
Sei que a minha boca é um pêndulo
E que as pegadas nas palavras
Só aparentemente não existem.
Che cosa avrò letto di quanto ho letto?
Che ne so io dei complessi meccanismi della pioggia
Intensi sulla terra fertile o addirittura sterile?
So soltanto che scrivo seguendo orientamenti
Che mi arrivano da lontano, molto lontano,
Da millenni di memoria ignara.
So soltanto che scrivo come chi dissotterra
Brevi istanti di corpi trasmutati,
Come chi sente un silenzio conosciuto
E popolato di altri silenzi
Detentori della scienza di un discorso
Formatosi nel sussurro del silenzio stesso.
Ma, chi leggo io quando mi leggo?
Chi si riflette in quello che scrivo?
Il mio verso nasce da un incrocio,
Nasce da un passato e da un presente
Completati dal mio nome.
So che la mia bocca è un pendolo
E che le impronte sulle parole
Solo in apparenza non esistono.
Che ne so io dei complessi meccanismi della pioggia
Intensi sulla terra fertile o addirittura sterile?
So soltanto che scrivo seguendo orientamenti
Che mi arrivano da lontano, molto lontano,
Da millenni di memoria ignara.
So soltanto che scrivo come chi dissotterra
Brevi istanti di corpi trasmutati,
Come chi sente un silenzio conosciuto
E popolato di altri silenzi
Detentori della scienza di un discorso
Formatosi nel sussurro del silenzio stesso.
Ma, chi leggo io quando mi leggo?
Chi si riflette in quello che scrivo?
Il mio verso nasce da un incrocio,
Nasce da un passato e da un presente
Completati dal mio nome.
So che la mia bocca è un pendolo
E che le impronte sulle parole
Solo in apparenza non esistono.
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Giorgio de Chirico Il pensatore (1973) |
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