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Soneto II (Dorme, ruazinha...)
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Sonetto II (Dormi, stradina...)
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Dorme, ruazinha... É tudo escuro...
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme o teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos
Dorme... Não há ladrões, eu te asseguro...
Nem guardas para acaso perseguí-los...
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos...
O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cão...
Dorme, ruazinha... Não há nada...
Só os meus passos... Mas tão leves são
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração...
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme o teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos
Dorme... Não há ladrões, eu te asseguro...
Nem guardas para acaso perseguí-los...
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos...
O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cão...
Dorme, ruazinha... Não há nada...
Só os meus passos... Mas tão leves são
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração...
Dormi, stradina… Tutto è scuro...
E i miei passi, chi mai può sentirli?
Dormi il tuo sonno quieto e puro,
Coi tuoi fanali, coi tuoi parchi tranquilli
Dormi... Ladri non ce n’è, te l’assicuro
Né guardie che potrebbero inseguirli...
Ad alta notte, come sopra un muro
Cantano le stelline come grilli...
Il vento dorme qui sul marciapiede
Il vento s’è acciambellato come un cane...
Dormi, stradina... Non c’è nulla...
Salvo i miei passi… Ma son tanto leggeri
Che sembrano persino, verso l’alba
Quelli del mio fantasma futuro...
E i miei passi, chi mai può sentirli?
Dormi il tuo sonno quieto e puro,
Coi tuoi fanali, coi tuoi parchi tranquilli
Dormi... Ladri non ce n’è, te l’assicuro
Né guardie che potrebbero inseguirli...
Ad alta notte, come sopra un muro
Cantano le stelline come grilli...
Il vento dorme qui sul marciapiede
Il vento s’è acciambellato come un cane...
Dormi, stradina... Non c’è nulla...
Salvo i miei passi… Ma son tanto leggeri
Che sembrano persino, verso l’alba
Quelli del mio fantasma futuro...
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Paul Delvaux Le vicinal (1959) |
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