Soneto XIX (Minha morte nasceu...)


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Soneto XIX (Minha morte nasceu...)
Sonetto XIX (La mia morte è nata...)


Minha morte nasceu quando eu nasci
Despertou, balbuciou, cresceu comigo
E dançamos de roda ao luar amigo
Na pequenina rua em que vivi

Já não tem aquele jeito antigo
De rir que, ai de mim, também perdi
Mas inda agora a estou sentindo aqui
grave e boa a escutar o que lhe digo

Tu que és minha doce prometida
Nem sei quando serão nossas bodas
Se hoje mesmo…ou no fim de longa vida

E as horas lá se vão loucas ou tristes
Mas é tão bom em meio as horas todas
Pensar em ti, saber que tu existes

La mia morte è nata quando son nato io
Si è svegliata, ha balbettato, con me è cresciuta
E in cerchio al chiar di luna abbiam danzato
Nella piccola strada in cui sono vissuto

Ormai non c’è più quel vezzo antico
Di riderne che, ahimè, io stesso ho perso
Ma la sto sentendo qui ancora adesso
Che ascolta grave e buona quel che le dico

Tu sei la mia promessa sposa diletta
Eppur non so quando sarà il nostro matrimonio
Se oggi stesso... o alla fine d’una lunga vita

E passano le ore folli o tristi
Ma è così bello ad ogni ora del giorno
Pensare a te, sapendo che tu esisti.

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Vincenzo Bonomini
Le nozze con la Morte (1802-1810)
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