Canção de bar


Nome:
 
Collezione:
 
Altra traduzione:
Mario Quintana »»
 
Canções (1946) »»
 
Francese »»
«« precedente /  Sommario / successivo »»
________________


Canção de bar
Canzone del bar


 Para Egydio Squeff

Barzhinho perdido
Na noite fria.
Estrela e guia
Na escuridão.
Que bem se fica!
Que bem! que bem!
Tal como dentro
De uma apertada
Quentinha mão...
E Rosa, a da vida...
E Verlaine que está
Coberto de limo.
E Rimbaud a seu lado,
O pobre menino...
E o Pedro Cachaça
Com quem me assustavam
(O tempo que faz!)
O Pedro tão nobre
Na sua desgraça...
E Villon sem um cobre
Que não pode entrar.
E o Anto que viaja
Pelo alto mar...
Se o Anto morrer,
Senhor Capitão,
Se o Anto morrer,
Não o deite ao mar!
E aqui tão bom...
E aqui tão bom!
Tal como dentro
De uma apertada
Quentinha concha...
E Rosa, a da vida,
Sentada ao balcão.
Barzinho perdido
Na noite fria,
Estrela e guia
Na turbação.
E caninha pura,
Da mais pura água,
Que poesia pura,
Ai seu poeta irmão,
A poesia pura
Não existe não!

 Per Egydio Squeff

Baretto sperduto
Nella notte fredda.
Stella e guida
Nell’oscurità.
Ci si sta bene!
Ma bene, bene!
Come star dentro
A un’ospitale
Calda manina...
E Rosa, che fa la vita...
E Verlaine, tutto
Coperto di limo.
E Rimbaud accanto a lui,
Quel povero ragazzino...
E Pedro Cachaça
Con cui mi spaventavano
(Quanto tempo fa!)
Il Pedro così nobile
Nella sua disgrazia...
E Villon senza un soldo
Che non può entrare.
E l’Anto che viaggia
Che va in alto mare...
Se l’Anto morisse,
Signor Capitano,
Se l’Anto morisse,
Non gettatelo in mare!
E qui si sta bene...
Qui si sta così bene!
Come star dentro
A un’ospitale
Tiepida tana...
E Rosa, che fa la vita,
Seduta al bancone.
Baretto sperduto
Nella notte fredda.
Stella e guida
Nel turbamento.
E grappa pura,
Dell’acqua più pura,
Che poesia pura,
Ah, fratello poeta,
La poesia pura
Non esiste davvero!

________________

Arnaldo Badodi
Caffè (1940)
...

Nessun commento:

Posta un commento

Nuvola degli autori (e alcune opere)

A. M. Pires Cabral (44) Adélia Prado (40) Adolfo Casais Monteiro (36) Adriane Garcia (40) Affonso Romano de Sant’Anna (41) Al Berto (38) Albano Martins (41) Alexandre O'Neill (29) Ana Cristina Cesar (39) Ana Elisa Ribeiro (20) Ana Hatherly (43) Ana Luísa Amaral (40) Ana Martins Marques (48) Antônio Cícero (40) António Gedeão (37) António Ramos Rosa (39) Augusto dos Anjos (50) Caio Fernando Abreu (40) Carlos Drummond de Andrade (43) Carlos Machado (104) Casimiro de Brito (40) Cecília Meireles (37) Conceição Evaristo (33) Daniel Faria (40) Dante Milano (33) David Mourão-Ferreira (40) Donizete Galvão (41) Eugénio de Andrade (34) Ferreira Gullar (39) Fiama Hasse Pais Brandão (38) Francisco Carvalho (40) Galeria (27) Gastão Cruz (40) Gilberto Nable (46) Hilda Hilst (41) Inês Lourenço (40) João Cabral de Melo Neto (44) João Guimarães Rosa (33) João Luís Barreto Guimarães (40) Jorge de Sena (40) Jorge Sousa Braga (40) José Eduardo Degrazia (40) José Gomes Ferreira (41) José Saramago (40) Lêdo Ivo (33) Luis Filipe Castro Mendes (40) Manoel de Barros (36) Manuel Alegre (41) Manuel António Pina (32) Manuel Bandeira (40) Manuel de Freitas (41) Marina Colasanti (38) Mário Cesariny (34) Mario Quintana (38) Miguel Torga (31) Murilo Mendes (32) Narlan Matos (85) Nuno Júdice (32) Nuno Rocha Morais (429) Pássaro de vidro (52) Poemas dos dias (21) Poemas Sociais (30) Ronaldo Costa Fernandes (42) Rui Pires Cabral (44) Ruy Belo (28) Ruy Espinheira Filho (43) Ruy Proença (41) Sophia de Mello Breyner Andresen (32) Tesoura cega (35) Thiago de Mello (38) Ultimos Poemas (103) Vasco Graça Moura (40) Vinícius de Moraes (34)