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O poema do amigo
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La poesia dell’amico
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Estranhamente esverdeado e fosfóreo,
Que de vezes já o encontrei, em escusos bares
submarinos,
O meu calado cúmplice!
Teríamos assassinado juntos a mesma datilógrafa?
Encerráramos um anjo do Senhor nalgum escuro
calabouço?
Éramos necrófilos
Ou poetas?
E aquele segredo sentava-se ali entre nós todo o tempo,
Como um convidado de máscara.
E nós bebíamos lentamente a ver se recordávamos...
E através das vidraças olhávamos os peixes maravilhosos e terríveis cujas complicadas formas eram tão difíceis de compreender como os nomes com que os catalogara Marcus Gregorovius na sua monumental Fauna Abyssalis.
Que de vezes já o encontrei, em escusos bares
submarinos,
O meu calado cúmplice!
Teríamos assassinado juntos a mesma datilógrafa?
Encerráramos um anjo do Senhor nalgum escuro
calabouço?
Éramos necrófilos
Ou poetas?
E aquele segredo sentava-se ali entre nós todo o tempo,
Como um convidado de máscara.
E nós bebíamos lentamente a ver se recordávamos...
E através das vidraças olhávamos os peixes maravilhosos e terríveis cujas complicadas formas eram tão difíceis de compreender como os nomes com que os catalogara Marcus Gregorovius na sua monumental Fauna Abyssalis.
Stranamente verdognolo e fosforescente,
Che già m’è capitato d’incontrare, in reconditi bar
sottomarini,
O mio silenzioso complice!
Abbiamo forse assassinato insieme la stessa dattilografa?
Abbiamo forse rinchiuso un angelo del Signore in qualche
tenebrosa gattabuia?
Eravamo necrofili
O poeti?
E quel segreto stava sempre lì tra di noi,
Come un convitato mascherato.
E noi bevevamo lentamente per vedere se ricordavamo...
E attraverso le vetrate guardavamo i pesci fantastici e terribili le cui forme complicate erano così difficili da capire quanto i nomi coi quali li aveva catalogati Marcus Gregorovius nella sua monumentale Fauna Abyssalis.
Che già m’è capitato d’incontrare, in reconditi bar
sottomarini,
O mio silenzioso complice!
Abbiamo forse assassinato insieme la stessa dattilografa?
Abbiamo forse rinchiuso un angelo del Signore in qualche
tenebrosa gattabuia?
Eravamo necrofili
O poeti?
E quel segreto stava sempre lì tra di noi,
Come un convitato mascherato.
E noi bevevamo lentamente per vedere se ricordavamo...
E attraverso le vetrate guardavamo i pesci fantastici e terribili le cui forme complicate erano così difficili da capire quanto i nomi coi quali li aveva catalogati Marcus Gregorovius nella sua monumentale Fauna Abyssalis.
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Damien Hirst La mano del naufrago (2017) |
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